Você está aqui
Como os onipresentes mortos
Na sala de estar
A dizer ao poeta em seu jazigo
Comentários sobre seus pensamentos perecíveis
Por epitáfios, versos sombrios
Ou serão claros vestígios de um visitante oculto?
A pátria do poeta é o nunca
Onde reúne suas partes putrefactas
Coladas por remendos de semânticas obscuras
Expostas como membros do silêncio
Apenas consubstanciado
No conjunto de dizeres barulhentos
O visitante oculto aparece às claras
Com a face tapada
Pela luz de um pseudônimo transigível
A plantar dúvida na ossada do poeta que,
De tão nauseabunda, apodrece as rimas
Mas sem tirar-lhe a certeza que colhe em sua alma...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença