O cacto morreu no mar seco
Da terra árida de areia ríspida
No calor de matar rápido e rasteiro
A cor dos animais e dos seres do lugar
Então choveu uma água límpida e brilhante
Que limpou o coração dos homens sãos
Enchendo com esperança as plantas
Festejando o tempo de plantações
Assim nasceu o sertão
Parte árido, adiante úmido
Com as duas faces da natureza
Morte e ressurreição em seus estados
Cada sol que queima a pele do sertanejo
Vem dizer - lhe algum dia vem a chuva
E cada rês que agora cata o catador
Serão verdes canções de Semeão
O sertão é o mar onde navega a brisa - mar
É sol que sobe a chuva pra depois cair
Tirando e devolvendo a ilusão humana
Que equilíbrio é constância e não alternância
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença