Vi a realidade
parecia ficção
no meio da cidade
Difícil de entender
Oh!! Deus só você.
poderá acalmar o coração,
emoções
mães, pais, irmãos, familias.
Aflitos
vários gritos,
gritos infinitos,
e uma dor no peito
Numa pergunta
só uma pergunta nos faz:
-por quê?
-Quantos porquês?
ainda virão, serão em vão?
e como uma nuvem de poeira nestas perguntas se difundem
se confundem.
Sem explicação
Mãe, meu filho não.
Filho,meu pequeno irmão,
vitor, joão ou maria,
quanta covardia
Quantas vidas ceifadas
E futuros interrompidos?
por um louco bandido
alucinado
sem razão
sem nenhuma noção do mau que causou.
um algoz,
cão feroz,
não causaria tanto mal
chocado!!!
o poema coitado
sente-se um fraco, um caco
sem palavras pra expressar
que nome se dá
a esse animal?
Que me desculpem os animais
Serenos racionais.
nunca serão iguais
Ao pior dos seres humanos,
insano
sua dádiva
à deriva,
à dança de duas máquinas explosivas
cuspindo, por ação de um louco,
fogo!
sem dó
nem piedade
fogo na cabeça de nossas crianças
criança de esperança
só crianças:
meninos ...
meninas...
infantes.
estudantes
o poema chora
nem demora pra chorar
um turbilhão de lágrimas a pingar
o poeta não fala
se cala
de dor,
se cala.
sem fala.
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