Noites perdidas de sono

Perder a noção
do tempo,
das pessoas,
das palavras,
das verdades e 
das mentiras.
 
Do medo,
da frustração,
das incertezas
e das certezas.
 
Lugares lotados,
pressas depressas.
E eu não sei
o que fazer.
 
Belo enquanto dura.
Ora calmaria,
ora agitação.
E novamente
calmaria.
 
Sobre mim,
sob você.
Contagiante.
Risonha.
 
É verdade,
nada volta.
Nada se cria,
nada se perde,
tudo se transforma.
 
Maldita Química,
travessa Física,
gentil Português,
complicada Matemática.
 
Nunca em casa,
nunca na rua,
nunca nas estrelas.
Fora da mente.
 
Sob escadas,
entre paredes.
Mascando,
grudando.
Prendendo.
 
Um dueto
para recordar
uma música
cantarolada
sob meus erros.
 
Entre nós;
através da voz.
Um beijo.
Um sorriso.
Quem sabe,
o fim.
 

Soraya Costa
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