Procurei naqueles beijos a alma...

Procurei naqueles beijos a alma...

Agora tudo tornou-se vazio...
 
Acabou aquela infinita tortura
Acabou a amargura
do amor platônico.
Procurei naqueles beijos a alma
E não encontrei a minha

A dele palpitava e ansiava explodir...
A minha continuava onde estava , calada.
Minha alma não deu resposta alguma
Minha alma silenciou-se ao perceber o beijo.

Não houve gritos e não houve lágrimas,
Não houve simplesmente nada.
Nada!
Não houve vontade de chamá-lo de volta.

Não houve desejos de amá-lo novamente.
Foi insípido e inodoro.
Havia apenas uma cor indescritível

e sem destaque algum.
 
Eu imaginava que jamais conseguiria esquecê-lo
Extraordinário! inacreditável!
Como esperei por um momento com ele.
Como esperava por mais um beijo...

Como foi simples e como valeu beijá-lo mais uma vez.
Valeu a prova de poder entender que tudo passa.
Mas sinto falta dos tempos em que me iludia,

ao imaginar que o amava
 
Agora resta o vazio que se ocupa o espaço,

que  por tantos anos era ocupado por um

sentimento que eu imaginava sentir.
 
 
Rubenita Simey
 
(Rubi Olindo)

Rubenita Simey - Rubi
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