Que se Faça o Drama

O espetáculo já vai começar,
As cortinas se abrem no palco
E o ator entra em cena.
O drama se inicia comovente,
Enquanto a platéia a tudo observa,
A tragédia revela segredos
Da paixão que o ator finge acreditar.
Chore, ó ator, e ouça os aplausos
E todos acreditarão no pranto,
Na platéia alguém se emociona
E copia o pranto do ator.
Uma lágrima se esconde furtiva
No abrir e fechar das cortinas,
Onde o drama aparece e desaparece
E ressurge em cada ato.        
Chore, ó ator, e ouça o clamor no teatro,
Finja o amor que interpretas,
No pranto amargurado de dor,
E todos aplaudirão

O drama interpretado no palco. 

Michael Jullier
© Todos os direitos reservados