Encontro-me doente,
Doente de amor,
Doente de paixão,
Doente da grande coragem ao mundo,
Que desvanece no simples pensar em me declarar,
Coragem que me falta,
Como me falta,
Por que me falta!?
Doença assim não tem cura,
Estou fadado a viver de sua doce presença,
Preso a uma jornada,
Esperando que enfim seja notado,
Que minhas ações por si mesmas falem,
Que falem a tua língua,
Ao pé de seu ouvido,
Ou gritem a você,
Dizendo que te amo,
Tudo que me mandares fazer,
Farei,
Sou e sempre serei eficiente,
Aparentemente sempre serei,
Contanto que não me peças pra dizer que te amo,
Pois aí faltará força em mim para ser capaz de lhe pedir que me aceites,
Meu amor,
Este incabível ser que sou.

Ronaldo Mendes Salles
© Todos os direitos reservados