EU GOSTARIA DE VER UM MUNDO MELHOR

 
EU GOSTARIA DE VER UM MUNDO MELHOR
 
                       A vida é assim como uma historia, um conto real que um dia não passará de uma ficção estupida de uma literatura que busca atenção maior de seu publico e a faz parecer uma aventura sem precedentes.
           Até parece que foi ontem, uma cidadezinha com um casario disforme que entre grandes moradas imprensavam as portas e janelas em suas ruas calçadas com paralelepípedos entre poste de ferro que ostentavam pálida luzes que se confundiam com a claridade das estrelas as quais pontilhavam o céu de uma exuberante lua que do firmamento iluminava como se fosse dia quando as marés eram grandes e se arremessavam em ondas espumantes contra as praias.
                As pessoas ainda se reuniam às portas para conversar e havia sinceridade nas palavras. Tudo era encanto nos encantamentos de cada esquina e o meu espirito agora voa porque a minha mente está repleta de historias e lendas como as da carruagem d Ana Janssen arrastando as correntes na rua do passeio rumo ao cemitério do gavião ou da mulher vestida de noiva a procura de um marido eis que a mesma foi assassinada pela amante do noivo na porta da Igreja do desterro em 1736. São contos de mistério que se misturam amorosamente e se entrelaçam entre a realidade e a ficção ou é vida...
               Me vejo agora na pujança da minha juventude, pés descalços , calção de chita sem cuecas, um olhar tímido e uma vontade que é só aventura de viver sonhos nunca realizados mais que até hoje ainda os acalanto e em não raras madrugadas insones eu me espanto mais acordo sorrindo porque sonho de novo com a minha mocidade e tenho de enganar a mim mesmo, olhando no espelho e digo: sou jovem e ainda tenho muito a realizar, porem me perco em contemplações dúbias e sei me faltar energia suficiente para alçar grandes voos rumo a uma grande jornada de um tempo que ainda não existe, o amanhã...
                  E assim, perplexo ante a vida presente e um mundo de felicidades para traz deixado, sinto-me como se fosse um pequeno pássaro que se aventura no primeiro voo sem saber se consegue ou se despenca do despenhadeiro das alturas rumo ao passado chamado tempo.
             Eu temo e às vezes até choro quando busco em minha vida e não encontro àqueles queridos e amados que partiram para sempre e, quando o desejo é grande  até os vejo e converso com eles que nunca dizem como é, onde estão mais eu sinto que me esperam porque eles me amam
        Confuso, calculo as distancias que existem no tempo e na vida de cada um e as veze tão grandes ou remotamente insignes sem esperar os resultados das revoluções que mudam o curso da vida e o azimuth da direção tomada, dos minutos e horas que se transformaram em intermináveis anos da gloria das benesses do avanço tecnológico ou as contemplações filosóficas que mudaram a sociedade que continuou cada vez mais vazia e fria quando temos que lidar com a supremacia humana e as desigualdades que quando se assomam mudam a cada nova realidade.
           Quando vamos aprender a conviver com nos mesmo, quando vamos associar a vida ao amor? Quando vamos criar e recriar a felicidade a cada novo ponto de partida? Em qual tempo poderá se sair elas ruas ou mesmo enveredar pelos campos e abraçar a cada novo irmão que encontrar ou correr para os supostos inimigos que assim se declararam e dizer também a eles que os amamos? Eu tenho pensado dias e noites sobre a situação inglória para uns e gloriosa para outros, de como a violência perpetrada pelo homem para com seus semelhantes continuam as vezes até com maior crueldade que há 10.000 anos atrás ou se Deus desistiu de nós e criou uma galáxia adjacente em cujo plano hoje se encontram os nossos irmão que se foram.
       Por maior que seja o calor que estamos sentindo, o pânico que tem causado o aquecimento do planeta e a poluição dos mares e rios ou as drogas letais que estão intoxicando a nossa juventude e o sangue derramado pela violência das guerras urbanas e a necessidade do homem de fazer novas guerras para aquecer o mercado de armas e munições, de se olhar para o passado e contemplar que o mundo já foi muito melhor mais que hoje claudica tropegamente sem rumo ou destino mais mesmo assim eu ainda gostaria de ver um mundo melhor.

AIRTON GONDIM FEITOSA
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