É noite o sal escorre pelos dedos
a lua suga o gosto indecifravel da gota do
dia
ainda em desatino vejo
despencar os galhos da noite linda
o perfume das arestas soam no manto
branco da aréia
o beijo é frio
o orvalho é quente
e teu vestido preto basico
agora é meu veneno
eu sou a madrugada
o relogio marcando zero hora
o telefone gritando
o folheto embranco
a noite ainda é de sal.
e nos restou a cama
perfumada.
Boca da Mata
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados