É noite o sal escorre pelos dedos

a lua suga o gosto indecifravel da gota do

dia

ainda em desatino vejo

despencar os galhos da noite linda

o perfume das arestas soam no manto

branco da aréia

o beijo é frio

o orvalho é quente

e teu vestido preto basico

agora é meu veneno

eu sou a madrugada

o relogio marcando zero hora

o telefone gritando

o folheto embranco 

a noite ainda é de sal.

 e nos restou a cama

perfumada.

Boca da Mata
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