O rio de sal desfila sua tinta

fria

as inumeras lavas ainda permanecem

no lixo

o ser civil possui veneno

em sua boca

os templos medievais tranzam

com a tarça do santo gral

e quando é noite

as estrelas de gravata descem

dos castelos para fumar craque

o jardim agora burotrata defende

o ser estado

enquanto a criança perfila

levianamente seu sorriso de serpente

ele irá voltar

muito cuidado!

 

 

 

Boca da Mata
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