+_Esperarei até que os Leves_+

O passado que remanesce é nada que não sonho
Que vinde reabrir chagas.
Haverá silêncio lúgubre e tristonho
Onde esvoarão entre outros sonhos mais pragas.
-
Faleis do lugar onde as águas ondeiam
Podeis lá pousar meus sentimentos e irdes
Que sossego encontrarei onde belezas vagueiam
E quietude manifestar-se-à quando os sentimentos aluirdes
-
O futuro que não virá chegar, outro sonho misterioso.
Celebrai o presente que conheço as dores
Podeis também ao passado levar esses ardores
Que vindes de trás sanguinário e monstruoso.
-
Faleis da escrita divinal
Que vós senhoris credes tanto
Que não oiço dessa mística voz ancestral
Mais adorais cego com tanto encanto
-
Esperarei inerte neste castelo frio
Segurar-lhes-ei todas sombras
E podia morrer congelado neste martírio
E de ontem, alimentar-me-ia das sobras.