Quando a lua reluz sobre o mar
E as águas refletem o seu brilho,
Em noites de intenso exultar,
Uma lágrima insólita finge escapar
De dentro de seus olhos formosos,
Tão formosos que a noite os imita
E os lábios traçam um sorriso,
Pois de amor surge um abraço
E o silêncio em seus lábios logo dirá
Fazendo saber que a saudade
É dolorosa e, assim, tão forte
Que lhe parece melhor a morte,
Mas os mortos não podem amar,
Por isso é maior o desejo de estar vivo
Ainda que a saudade esmague o coração
E uma lágrima que finge escapar
Num súbito piscar de olhos
Tão belos e imitados pela noite

Quando a lua reluz sobre o mar.

Michael Jullier
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