Antes eu era parte ímpar
de meu eu desconhecido;
depois de ti, sou meia-metade.
Lado partido
d’uma metade só.
Sem rima, sem fio nem pavio, ar
reduzido a pó.
Agregado de um coração
amarrado a outro coração
desatrelado, sem laços, apenas nó.
Tu te vais; eu, em poeiras, dissolvido.
O que restou de nós?
Quase nada, senão mós.
Que dó!...
Curitiba, 10/1990
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