Descontextualizado

De imediato, careço tanto de conceder crédito
À vida e ao meu futuro.
Hoje, mais que nunca, espero
Acender uma luz neste túnel escuro

Que a mim me cerceia
E de meus olhos afana a claridade.
Preciso bombear novo sangue às minhas veias
Até inflar-me de mocidade.

Neste instante, não hei o porquê,
De, inerte, deixar a felicidade zanzar à solta,
Feito mel escapando à boca
De ganancioso zangão entranhado no buquê.

Doravante, é imprescindível que meus dias
Floresçam como flores, magníficos;
Pelo simples prazer, ante ao compromisso
E dissonantes à corrente majoritária da filosofia.


Curitiba, 08 de Junho de 2004