Numa manhã cintilante deslumbrante,
Brota seco e convincente o que meus olhos
Cálidos buscam nas paginas do inconsciente,
No desvanecer de tudo quanto não desejo
E que tudo tanto quanto a amo
Os gritos não me deixam apaixonar-me mais.
 
E o carvão?
Já estão levando?
Diz a ele que não precisa passar aqui,
Pede para esperar,
Não vai esquecer,
Pois, como poderia se é a poesia para todos,
Já esta lá?
Sim!
Vamos, vamos, vamos!
 
É preciso calma,
Digo a todos com meus olhos de desinteresse,
Mas ninguém os vê
Preocupados somente com o calor
De seus polos transpirando o suor
Desatento,
Mas atento-me à poesia singular
Que é declamada sem o menor ruído,
Que poesia é essa?
 
Na noite anterior cristalizou em mim
A boemia dos versos soltos
Pairando, todavia nas nuvens do tédio,
Porém no meu inconsciente elas pairam
Com um destino,
Com um proposito
De descobrir-me mais e mais
O quão inédito são eles,
Os que habitam em mim,
O que sou em múltiplos.
 
O telefona toca
Tlililimmmmmmmmm, tlililimmmmmmmmmm,
Não,
Mas minhas palavras estão gravadas
Na ponta de meus dedos
Como minhas digitais,
Um deles é certamente o que não sou,
Apenas miragens para eles me terem,
O que realmente sou
Estão escrito em todas as paginas soltas
De Drummond Rosa Morais Cabral Andrades Hollanda de Assis e de tantos.