Da euforia a melancolia
Do choro a gargalhadas
É assim que eu vivo
Entre o vivo e o morto
Entre o riso e a lagrima
 
Dois mundos dentro de mim
Duas faces num só rosto
Duas fases em um só luar
 
Uma sentença pra dois seres
Dentro de apenas um
Sem saber quem sou na verdade
Se existir uma fatalidade
 
Bipolar, uma lunática,
Um transtorno me verte
Da euforia a melancolia
Do sopro de dor em estripulia
 
Psicopata do humor
Que do riso verte em dor
E do ódio derrete em amor
Psicose da dor e do riso
 
Dor e riso nos mesmos lábios
Em dores ou doces opostos
 
E sigo dopada, drogada
Pelas capsulas da gargalhada
De uma mentira, um devaneio
 
Porque a verdade talvez
Fosse demais pra uma
Das duas dentro de mim
Eufórica ou melancólica?
Melhor deixar pro futuro decidir.
 

Allinie de Castro
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