Desce da colina a alma flutuante
A brisa leva adiante as formas
Não distinguo bem entre as sombras
É dia ainda, mas a mata é cerrada
Ela está parada diante de mim
Ouço seu rápido suspiro
De repente está ao meu lado
Um rosto branco e gélido
Olhos negros profundos
Uma boca fina no rosto oval
A princípio não entendo o que diz
A boca aberta revela o outro lado
A floresta atrás dela e o caminho de terra
Já escurece e ainda não entendo
Até que, finalmente, acendo a lanterna
Já vejo a lua rápida surgindo entre as árvores
Estrelas brilham aos milhares no céu ofuscante
Finalmente, abaixo a cabeça e concordo
Sigo de volta meu caminho
Não importa o que aconteça, não olharei para trás
A mulher me observa sumir na estrada
Até que eu alcanço o asfalto e sigo
Apertando a lanterna entre as mãos
O mais rápido que posso.
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