Escrevo com a alma
E sem escolher palavras,
Talvez por isso
Sou tão descartada
E por outros admirada
 
Poetisa que verte mentira
Transformando em verdades,
Poetisa sem gramática,  
Sem uma estratégica
 
Sem planos arquitetados
Sem nem mesmo planos táticos
Nem manual de instrução,
 
Mas regras são regras
E não posso mudar
Todo o mundo
Por mero capricho
Ou mesmo que talento,
 
Mas o poeta foi criado
Pra ter liberdade
Apesar de por vezes raras
Se prender numa métrica
De silabas poéticas,
 
Mas não existe o que dome
Enjaule ou sufoque
Uma alma poética,
 
Pois os poetas de hoje
São os profetas
Do passado.

Allinie de Castro
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