Alaúde
(entre parêntesis o dedilhar das cordas)
 
Oh, oh, meu amor,
(alaúde, alaúde)
A tu quem tu amas?
(amiúde, amiúde)
E porque amor,
(virtude, virtude)
É que tu me chamas?
(ataúde, ataúde)
 
Oh, oh, Meu senhor,
(beatitude, beatitude)
Virtuoso te clamas
(virtude, virtude)
Ai, ai, por favor
(rude, rude)
Porque tantos dramas?
(placitude, placitude)
 
Oh, oh, minha dama
(solicitude, solicitude)
Porque tu chorais
(plenitude, plenitude)
Vinde já pr’ à cama
(vicissitude, vicissitude)
Se tu já me amais!
(atitude, atitude)
 
Guardai lá a flama
(angelitude, angelitude)
Poupai os meus ais,
(desmiúde, desmiúde)
Quem de mim proclama
(aptitude, aptitude)
Meus dotes virginais!
 
Ai, amor! Amor
(alaúde, alaúde)
Minha bela dama!
(quietude, quietude)
Que me dais tanta dor,
(magnitude, magnitude)
Por tão pouca fama!
(alaúde, alaúde)

Triste Poeta
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