Quando te vejo, o coração tremula
como um terremoto sacode o Japão.
Minha alma se rejuvenesce ao mais
jovial semblante viril.
Meu amor, muito maior que o Brasil,
expande-se num furor de ondas do
Caribe, que abala as bases desse
frágil corpo.
Fico sobremaneira absorto a contemplar
em cada ritmo cardíaco a graça com
que me seduzes. Estou narcotizado
por ti.
Uma sensação térmica se irradia pelo
corpo e parece-me que, ao invés de
dilatar, vai contraindo cada vez
mais os tecidos profundos.
Sinto-me, em mim próprio, uma
experiência de laboratório onde eu
mesmo sou a cobaia.
Sou objeto desse teste científico e
quero conceber a plenitude deste fenômeno.
Unicamente serás capaz de fazer-me
desvendar os nuances que moldam essa
estupenda sensação.
Apenas conheço a força centrípeta que,
em torno de mim, te atrai; mas que
não percebes pois sou eu quem é atraído,
apesar de sempre eu escapar pela
tangente desse circuito motriz.
Chegarei seguramente até teu campo
de força e, então, fundirei os dois
corpos; quando transformar a química,
a biologia e a física deste formidável
teorema em uma única equação matemática
capaz de traduzir cabalmente a tão
desejada descoberta: O nosso amor !
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