É atmosfera lânguida no alimento que sacia a alma
Nos laços de sangue que atam os fatos
massacrando o barro, esculpindo a madeira
moldando as massas, subindo a ladeira
É a estética da dor, o romantismo do amor
as vertentes da mágoa, as correntes dos deslizes
o desejo encarnado de sermos totalmente felizes
é pó das asneiras, é relvas das mentiras
é arrependimento, é nós de feridas
É arrebentação insólita na crua maldade sólida
são palavras que corrompem, são versos que desprendem
são elos que unem, são sorrisos fartos
São estados: bons , maus ou bem amados
Sou eu, é você, somos nós!
Almas avulsas, sangrando verdades escusas
Metades arredias, subalternos da alegria
no ir e vir das emoções, rebentos das intermináveis paixões
Somos o tudo e o nada, o reto e o reverso
o caminho e a própria cilada
Somos almas percorrendo jornadas
em seus estados, pelos fatos
amortecendo a navalha.
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