Soneto a uma manhã de sol


Uma paz fleumática

E um vento célere

Que assim nem a matemática

com o tempo se difere

 

 

Taciturno e frugal

o sol e o ar da manhã

Logo chegará o jornal

na árvore o que restou do irapuã

 

 

Nos braços a se estender

um aconchego inquieto

que nada poderia deter

 

 

E se o calor do sol aumentar

o suor será tão supérfluo

quanto lágrimas ao mar
 

Tai Moura
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