Embora fosse algo difícil de ser realizado, o sonho daquele ser não considerado era apenas cair em algum lugar, no qual tivesse pelo resto do seu último segundo de vida, a sensação de ser o motivo de alegria de alguém, o sorriso de uma garoto ao rever o seu pai que havia viajado, ou de uma moça ao receber um buquet de flores do seu primeiro namorado, ou de um guitarrista ao conseguir executar o solo de sua canção de maneira tão perfeita.
Mais como a maioria dos seres no nosso mundo, nem todos tem o seu sonho realizado, o sonho desse ser não pôde ser realizado, pois ao ser expulso de os lábios de uma mulher ele percebeu em seu ultimo segundo de vida, que algo estranho acontecia, gritos, choros, tristeza, tudo que não havia ligação com paz, a mulher, aos prantos lamentava a perda de alguém que ela amava muito, o seu amor, o homem que havia vivido a vida inteira, de braços abertos, jazido, sem vida, tudo que restaram, foram perdigotos, desesperados em sua pele debruçado ao chão, um desses perdigotos, pediu aquele ser que caia em um segundo tão eterno, que soprasse a vida novamente ao homem que já não se movia mais. Porem ao tentar fazer alguma coisa, sentiu o impacto, de suas minúsculas costas, em algum lugar, ao passar de um segundo, esse perdigoto, já estava praticamente sem vida, e tudo que ele quis, era outro segundo de vida, só para tentar desvendar o segredo da vida tão cruel que aquela mulher vivia. O perdigoto então vez uma pergunta antes de se calar para sempre:
“Porque todo começo tem um novo começo, e esse novo começo recebe o nome de fim e esse fim ao chegar ao final, simplismente nos leva há outro inútil começo”?

SANTÚ
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