CANTO

 

No canto, canto e cato conceitos,
Angústias, dores no peito.
Cato cacos. Varro poeira.
E, mesmo que eu queira,
Pouco , ainda, há à fazer.
Morrer, viver...


Apenas dicotomias, destas estórias tardias,
Onde o tempo, apenas, tira fotos.
Vivos, ou mortos,
Somos apenas número em estatísticas,
Gente ora pulsante, ora fria,
que se aquece na temperatura do sangue.


E ali, naquele canto... Vejo algo de demônio , algo de santo.

Algo moreno, algo branquelo.

E , mesmo assim sentar-me no canto que eu quero.
Fora de foco, fora de quadro,
Apenas um detalhe,
Apenas uma lembrança,
Apenas uma foto...
Que emolduro , como um santo, em versos satânicos...
Puro medo.
Puro pânico.

Ogro da Fiona
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