Os bens materiais, o ouro, a prata,
Ele os adquiriu por fáceis vias;
Comprou apartamentos, mordomias,
E a rica posição de magnata!

Com gestos rudes ofende, maltrata,
Os que não gozam de tais regalias,
Os deserdados de uma sorte ingrata
Que lhes sonega venturosos dias;

Mas o vil carreirista da traição
Não lembrou que na vida há contramão,
Nem que a sorte é serpente percebeu...

Que pare os filhos e ela mesma come,
Que quase sempre ela também consome
Quem outrora benévola protegeu!

 

josé riomar de melo freitas
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