Abstração do ser

Homem caído na sombra de um exílio!
Dimensão abstrata do ser que se levanta,
Ao cair no abismo, na dor que suplanta!
Corte profundo em coma de delírio.

Abstração inerte atingida no idílio!
Assombro do medo, que a sim replanta:
Na raiz da semente da espinhosa planta,
Calvário insistente, persistente martírio.

Eco ouvido na luz de todo pensamento!
O grito e desespero de um não exagero,
Na vida da errante criatura, em sentimento.

Qual amor extinguirá o seu exaspero?
Ainda caído no tempo e esquecimento!
Quem será? Qual vai ser o primeiro?

Carlos Henrique Costa
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