Diga-me o que fazer quando a emoção adoece
quando tudo no amor se apaga e se esquece dos dias passados.
Do príncipio de gentilezas, das levezas do cortejo,
do beijo desarrumado e febril...
Quem dera, sempre gentil fossem as palavras
que seguem pelos dias de rotina e que nem sempre são de glória.
E no galope da história, alguém caiu,
Mas ergueu-se do chão para encarar a afronta.
Pronta está a vontade de sermos felizes,
Diante de um espelho não recíproco,
Aquele a refletir ingratidão em traços grosseiros.
Nesse jogo de doações assimétricas
Quem realmente aprenderá a amar sobre todas as coisas?
Amélias, Marias, Camélias? - talvez.
Mulheres de sofrida sina foram,
Ensinaram seus algozes o valor da mansidão,
E quão me vejo na partilha de tal sacerdócio.
Não me acostumo a pouco pão
Porque sei és generoso para com os demais
E a eles vota mais atenção.
Deixo apenas o aviso breve de abandono
Em latas e panelas vazias,
no latifúndio deserto e agora sem dono.

São Paulo