Ele era um patife, um mequetrefe, coisa e tal

Mas, queria fazer fortunas para ser o maioral
Conheceu um pobre rico de muito bom coração
Com muito desequilíbrio e pouca ponderação
 
Dessa presa dando sopa ele se aproximou
E amigo de muitas horas então ele se tornou 
O caminho da jogatina o falso amigo apresentou
Das bebidas envelhecidas dependente ele o transformou
 
Logo homem sem muito tempo pros negócios procurou
Um alguém que tomasse conta da fortuna e exclamou
 
Quem será?
Vai cuidar?
Dos negócios, ah!
 
Então, era o momento do malandro aparecer
E conta dos negócios da família assumir
 
Cuidarei.
Com prazer.
Então reinarei!
 
No topo da montanha o chacal, pois se uivar
E de rasteira em rasteira, pois a caça em seu lugar
Mas, tomar-lhe quase tudo não trazia satisfação
Restava um bem precioso um conjugado coração
 
Após um tempo foi dada à luz de uma jóia especial.
E a mãe com o futuro começou-se a preocupar
Pediu ao mequetrefe que parece de corromper
Pois a filha logo crescida não teria o que comer
 
Mas, o lobo ficou zangado e a ela ameaçou
De contar ao seu marido o pobre que ele lesou.
 
Vou fugir!
Vou sumir!
Antes de a noite cair!
 
O bandido aproveitou e tomou todo capital
O bom homem não suportou e parou o próprio coração
 
Maldição...
Desleal
Traição
Infernal
 
A criança caiu na rua sem chance de se virar
E prestou se a todo o mau para então sobreviver!
 
Eu pensei em dar um lance no leilão e arrematar
E quem sabe desse objeto infante me desfrutar
 
No entanto a perdi de vista enquanto amadureceu
Uma fruta feita de carne tão proibida que me perdeu.
 
Um pecado sacramentado, que o converte para o céu
Um milagre da natureza excomungado num bordel.
 
Eu um dia fui menina tive vida de princesa, perdi tudo até a vida e nessa vida fiquei presa

Bruno de Souza
© Todos os direitos reservados