Há corpos que foram tempestades
Tumultuosas tormentas
Corpos de fecundidades
De amorosas ferramentas
.
Agora,
Num mar de serenidade,
São barcos em portos fechados,
Parados, quase sem vontade,
Seus mastros já quebrados!
.
Porém,
De olhos postos no mar,
Na praia,
Ainda têm esperança
De voltar a navegar!
.
Mas só a vontade já não alcança!
Quem andou não tem pr'andar!
À tempestade segue-se a bonança!
.
Olhando o passado; todo lonjura,
Que foi tempo de paixão e de amar!
Agora, só querem rios de ternura.
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Nos corpos,
Onde mora a serenidade,
Há tempo para cada um recordar
O dia em que foi tempestade,
Aguardando a bonança da eternidade
Silvino Taveira Machado Figueiredo
© Todos os direitos reservados
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