O dia está a chorar suas mazelas...
Derrama seu pranto sobre banidos,
Abrandando a dor, o choro, os gemidos.
Ah! Essa humanidade perversa!
 
Lav' alma do ser sem identidade,
Que se deixou rotular por covarde...
Que já não tem voz para expressar
O brado de dor perdido no ar.
 
O mundo propaga a intolerância,
Não se comove em gritar com o ser mudo,
Pretende cegar o que já é surdo!
 
Esse sim é o retrato pintado
Do cenário chamado democrático,
No qual ninguém se revela apático!...

 

Juliana Oliveira
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