Encorpo os meus fiéis e ditos sonhos
Nos egrégios sentimentos que tenho;
Teus olhos serenos, dois sóis risonhos,
Luzeiros que eximem este meu cenho.
Sou o teu eterno prisioneiro e único ledor,
Beijo o teu rosto, e leio o teu puro espírito
De luz; curvo-me neste teu belo esplendor,
Pois, o nosso universo foi por Deus escrito.
E neste júbilo, nossos espíritos se fundem,
E neste gosto de sentimentos se prendem;
Risos, sussurros, nos pertencem este gozo.
Nossos corpos nus dormem o sono merecedor,
Nossos espíritos, em simbiose neste esplendor
E neste enlevo, cingimos o celeste sol vernicoso.
Nivaldo Ferreira
© Todos os direitos reservados
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