O rubro dos teus meigos olhos

Espanta até mesmo o

Doce marasmo que agoniza o mundo

O mar congelado dos pólos se racha

Vendo a escuridâo tomar o mundo

Vidas abandonadas,

Pescoços degolados

Estômagos chamam, gritam...

Mas não obtem resposta alguma...

O dinheiro hoje, vale mais que o ventre

Da jovem mulher,

Que já dorme profundamente,

Sem respiração...

Prisões inundadas

Pedem socorro, para poderem

Vomitar de uma vez seus presos

Para outro lugar

O sol, já não ilumina mais o dia.

Uma sombra tenebrosa

Me cega o tempo inteiro

E é isso,

As condições da humanidade

Que encapelam teus pensamentos

Transformados em raiva

Que rubram teus pequenos olhos,

Olhos inocentes de criança...

Kelly *-*
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