Se escrevo esses pedaços da minha vida,
Se a minha caneta queima agora o papel,
Se escrevo essa palavras às escondidas,
É para esconder-me do meu medo do desprezo.

Se as pessoas dizem me amar e me esquecem,
Se a saudade é a única que fica,
O meu coração não tem o seu lugar aqui...
Dou-te então, os meus restos e a minha vida.

Se eu fosse mais forte sem ti,
A minha vida tomaria sentido.
Se o meu coração se cala à noite,
É uma ilusão, pois, dormi mal... mais uma vez

Para deixar a marca das minhas palavras em ti,
Eu farei qualquer coisa.
Para te prender neste meu mundo,
Irei onde for preciso.

Encontrarei a força e a coragem,
Escreverei todos os meus silêncios,
E mesmo se disseres "não",
Tentarei todas as possibilidades.

Sonho de entrar no teu universo,
De cavar esse túnel que leva aos teus sonhos,
Dar-te as minhas palavras, toda esta loucura...
Usarei minhas letras para o atingir.

Com a ponta de minha caneta, tocar o fundo de tua alma
Arrancar o mal que lá guardamos...
Eu sei o que fica e que não sai,
Eu conheço as angústias que remoemos.

Brincar de esquecer esses momentos,
Tudo parou, tudo acabou...
E se a minha voz se perder no caminho,
Farei tudo para te deixar parte de mim.

Para te deixar um pouco de mim,
Para te prender no meu universo...
Mergulhe em minha poesia
E deixa-te levar…

"E ainda pra dizer a verdade, o amor e a razão não andam juntos, atualmente."
Sonho de uma noite de verão
Ato III, cena I
William Shakespeare
Drica
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