Dedilhando as cordas de seu violão
O Senhor achou bom afinar
De repente escapou de sua mão
a corda que estava a ensinar
a melodia da perfeição
Essa corda partiu perdida
O Senhor a fitou com tristeza...
Para a corda era o fim da vida
Com vegonha de sua avareza
O Senhor a tomou chorando
E a corda ficou pensando
que o choro era pelo trabalho
de comprar nova corda e afinar
E Ele jogou-a fora.
Comprou nova corda com muito esforço
Da mesma nota, mas essa era nova!
Levou ao violão sua corda derradeira
e a corda sorrindo sentiu sua mão
e pulsar coração por trás da madeira
O Senhor dedilhando também cantou:
"Você pode quebrar quantas vezes for
Eu pago o preço por corda nova
Mas não te deixo sem esse toque de amor
que é só meu...
Eu já perdoei tantas coisas minha corda!
Por que isso eu não vou perdoar?!
Desculpo minha corda problema
Pois não estou de mal
de mal com você!"
Faz tempo que eu tenho essa comparação de corda de violão quebrada com alguém que desvia dos caminhos do Senhor. Foi quando eu fui querer aprender a tocar violão, mas só quebrava a corda. E era sempre a mesma corda. E lá ia eu de novo comprar de novo a bendita da corda. E nesse tempo eu tinha me desviado do Senhor. Aí pronto, Ele falou de uma forma que eu entendesse, algo que eu estava vivendo. Mostrou que assim como meu desejo de aprender a tocar era maior que as inúmeras cordas quebradas, o amor Dele era maior que meus erros. Aí, depois de muito tempo estou transformando isso em poesia, ao menos tentei. Não ficou uma obra prima, mas o sentido é verdadeiro, isso que importa. Dedico essa poesia de violão ao meu amigo poeta...
(e parodiei a música do Tom Jobin no final... lembrei também de você amiga Teresa!)
:)
Sob licença creative commonsLicença
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