Sodomizei as palavras ternas,
Arreganhei as pernas
De cada uma das letras.
Admiti facetas
De estuprador.
Inadmito, hoje em dia,
Falar sobre o amor
Sem me reportar
À musa
Que morreu!...
A Marília de Dirceu
Envelhecida e amarelada.
Páginas e poeira,
Numa estante de livros
Abandonada.
Disso rompi o himen poético!
Torno-me,assim, mais um cético
Incapaz de encontrar rima
Para o vocábulo AMOR.
Um poeta rascante,
Um inconfessável amante
Da tal Racionalidade
Que nunca, em mim,
Quis supor.
Ogro da Fiona
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