BOBA

 


Boba, ela finge que não vê
e entorna,
e deixa cair,
parte de seu sangue
em vão.

A desejo como mulher
embora sinta-a como irmão,
e nesse meio tempo
apenas deixo-a
ir embora.

Essa boba não raro chora,
e é com imensa demora
que aguardo ansioso por vê-la,
por tocar sua pele
e penetrá-la com o olhar.

Contudo, boba que é,
há de continuar fugindo de mim,
previsível assim
sem que isso nada
possa resolver.

Boba...linda,
juro que quero te ver
para ao menos dizer
que te amo sem palavras,
e que, ressalvas, se existam
são pequenas pedras
no fundo de um prato de comida
são obstáculos a que vivamos uma vida
em que , pelo menos,
façamos ela mesma
de
BOBA.

Ogro da Fiona
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