Na escurudão da noite
houço um grito
um açoite,
na escuridão da luz
algo que me conduz.
vejo a imagem tua
no crepúsculo
na lua,
meu oceano
meu mar, meu medo de amor
meu pingo dàgua
minha mágoa, dor.
tenho medo do escuro
do paraiso sem juizo
sem amigos
de que vale o dinheiro?
se não posso comer, nem te ver
beber, o quê?
se a sede é de você.
se a dor das aguas insanas em meu rosto,
é o gosto do amor que não deveria, mas passou.
Eu mostro minhas unhas de gato
meu piano coitado, calado sem graça.
Fala mais que um pensador
em solidão sou doutor,
até me perguntou
quem vui meu amor?
pode o oceano secar
o sol parar de brilhar
e a lua cair em meu peito,
em meu sono profundo,
que até em outro mundo
no infinito,
além do além do meu grito.
na rua sozinha,
sozinho
sem carinho.
meu velho banco quebrado
e eu alí sentado.
e nada de você do meu lado.
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