coração insano?
nao consigo escrever nada
ainda não fiz um poema este ano?
estou me sentido inútil
fútil..
parado,
sem valor
será que a cabeça parou de pensar?
não!
acho que não.
continuo pensando,
e muito
tá tudo tão sem graça.
o banco quebrado
ali do lado,
mas pra que graça?
a praça
a rima se anima
e essa rima?
que me persegue?
me segue.
ou a sigo.
nâo sei
se errei.
não sei
do bom,
o que é bom ou ruim,
nada pertence a mim
plageio os meus próprios poemas
pois as palavras são só palavras
os sentidos se mudam e não se negam a curar a ferida.
da semântica da vida.
pobre vida
passando lentamente
com pressa e lenta
feita de um trem bala
que em vão se cala.
pra onde vida?
pra lugar nenhum?
ou lugar algum?
-vai vida,
de quarenta,
de sessenta ou mais, vida moça
vida rapaz.
vai, que o cerébro lamenta,
o por do sol te aquenta
o dia!
quem diria
velho dia
a noite
sempre noite!
não pára!
nem se cala
pra ver a vida passear
é ela vai passar
só,
o poema ficará.
sem ar
nem lar.
e o poeta irá pro lado de lá...
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