Hoje é um daqueles dias
Em que me sinto como se não estivesse aqui
Tudo parece distante, sou uma máquina
Incapaz de sentir, de sonhar, sorrir
E se assim faço, está nos olhos, no rosto
Na ausencia da esperança e do espírito
Que em desespero implora que a alegria retorne
Não é só o que de dentro grita por socorro
Que a luz que ainda vejo
Não seja o último brilho que me resta
Ao menos nas frases que alimentam a alma
E na poesia que mantem vivo os sonhos
Eu possa ser de um todo
A parte de uma parte
Do que ainda posso chamar de vida.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
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