Queria sim que logo viesses me buscar
Não fossem as pedras que de manhã descem o rio
É tão cedo pra exigir tua presença
Tão tarde pr'eu compreender sua falta
O dia nasceu
E trouxe consigo o vento
Presença invisível no olhar de um pássaro
O vai e vem do ninar embalando a alma
O fosco da janela cria mistérios, o céu, a água morna
O chão de terra, faz frio
Cenário onde o sonho desvenda o pranto
Árvore coberta de flôr
Serão poucos os meus dias, os frutos surgem
Não há tempo pra se despedir
Escolhas, caminhos
sementes que outros esperam plantar.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados