Os poemas momentaneamente se calam nos seios do tempo
Rabiscando a saudade a cada passo lento nos canteiros da vida...
Suportei a dor que os olhos não queriam
Amaciei, com a esperança, os ouvidos diante dos gemidos do universo
Dei alguns passos sobre o tapete da obscuridão
E deixei as palavras batendo as asas no dicionário da garganta,
Gritando, se rasgando nas linhas do coração e chorando a falta de soluções
Pouca coisa mudou aí fora...
A violência social aumenta sua corrida na pista do inevitável,
Levando vítimas ao caos da dor
Traumatizando pensamentos sadios, adoecendo olhares bondosos...
O desespero do mundo desespera meu mundo pedindo alguma reação!
Os olhos da angústia apenas observam...
Doeu a retina da possibilidade quando senti apenas os solos da podridão
E não consegui enxergar a voz da revolução pedindo uma reviravolta
Não estou mais suportando a ingratidão dos abençoados...
Poucos astros conseguem iluminar os céus da terra,
Mas estão presentes e desejam falar com o bem, agir com o bem, apoiar com o bem...
As portas das mudanças vão se abrir
E os poemas ainda serão verdades no presente...
Robson Gideão Soares, poeta da nova vida
Salvador, 22/04/2009
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