Sujeitos

 
Não paramos de pensar em nós!
Do casulo em que estamos
Desejamos alçar vôo
Mas o medo que é maior
Faz opção pela efêmera morte
Soterrando-nos sem dor.
Que peça nos pregou o destino?
Há mesmo esquina onde se cruzem
anjo azul e bruxa em desatino?
Longos estão os dias
Tantas são as horas
Infinitas as noites                                            
Dessas que invocam insônia.               
Gelo e chama crepitante a torturar
Corações esmagados
O sentir, sujeito a ser pensado
Gota que perfura o crânio               
E o espírito faz chorar.
Não paramos de pensar em nós!

 

A nós, sujeitos pensantes, toda vez que racionalizamos o sentir!

Goiânia, 30.03.09 - 21h43m

Emy Margot Tápia Alvear
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