Durante o amanhecer e poer dos sóis.

Cedo, cedo demais. Ele, ainda, não surgiu na linha que divide os azuis. Surge lentamente, espalhando raios que nutrem toda a vida. em primeiros momentos podemos vê-lo, um círculo de fogo, cor da paixão. Após um piscar ou uma respiração mais forte não se pode observá-lo, encadeia uma clareza que cega. E, assim, contiua o dia. As lembranças chegam misturam-se com químicas humanas; trazem dor, saudade, medo e até, raramente, raiva.

Ao final chega a hora do seu poer. Irá iluminar o outro lado enegrecido da terra, acender paixões, aquecer corações. Mas aqui ele se faz poer. Toca a primeira fronteira da terra com o céu, o azul transforma-se em laranja vermelho, as lembranças retornam , recrudescem; tão intesamente, que uma lágrima surge*, ela passeia pelo rosto, deixando uma cicratiz no coração. O laranja vermelho do céu se intensifica; por um momento você escuta apenas o bater saudoso de seu coração.

Logo ele irá desaparecer e dará espaço à noite, o vazio da noite. Que vai e vem como ele; na vida de cada homem e mulher que acredita nesse sentimento que é necessário, que machuca às vezes, que cria discórdia, gera mágoas, carinho, verdade, confiança e que supera qualquer dor que ele cause, ele gera o seu próprio nome.

*Risca o rosto na mesma força que uma espada chinesa. O que a leva a riscar o rosto é maior que o de derrubar uma muralha. É medir uma força desigual que transpassa o coração com a espada. Dói, e como dói.

... não quero olhar nunca mais para ela.

No vazio