Inolvidável monumento das alterosas,
um passarinho verde-esperança
me contou que te viu
de amor, toda radiante,
aí em belô.
Ainda, este liberto beija-flor
trouxe-me o sabor de tua fragrância
num punhado de esperança
que banhou-me feito um rio
de águas quentes e caudalosas.
Mas, sem querer,
a notícia tua afogou-me de ansiedade
posto que aguçou em mim a saudade
e a vontade de te ver.
Quanta inveja sinto, Deus,
deste passarinho atrevido
que olha aí do alto
a beleza graciosa daquele sorriso farto
enquanto eu aqui restrito
à lembrança, vivo sem ter, sequer, um retrato teu!
Curitiba
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