A vida é qual espelho que sempre aponta
Do mundo voraz para dentro de mim...
(Ou talvez o contrário, eu não sei...) Mas, enfim,
O que vem lá de fora aqui sempre me afronta,
E o que cuspo de dentro só mostra o meu fim:

Espremido entre luz e matéria distantes,
Cortei a quem amo com cacos falantes.
Mas paguei o meu preço: na garganta uma ponta
Do espelho que criei, na boca agora conta
O final da minha história, com sangue sobre mim,
Querendo que as coisas não tivessem sido assim...