DESPEDIDA DE UM BOÊMIO

DESPEDIDA DE UM BOÊMIO

O que eu quero no final da minha vida,
Relembrando o que vivi na mocidade,
É que me façam uma nobre despedida
De acordo com a minha tranqüilidade!

Sempre fui alegre e bem descontraído,
Pois, pra mim nada de ruim acontecia:
Sorria à toa com o tempo, e, distraído,
Levava a vida do jeito que ela queria!

Realizem uma seresta, à moda antiga,
Com pandeiro, cavaquinho e violão...
Toda gente sem tristeza e sem intriga!

Dando o último lenitivo a um coração
Que foi boêmio, e a todo mundo diga:
Segue em paz com toda essa emoção!

Autor: José Rosendo

Eu fiz este soneto no dia 17.10.08 e no dia seguinte quase que acontecia comigo tal despedida, devido a imprudência da minha parte, pois minha pressão chegou a 18x12. Mera coincidência, mesmo porque a gente só morre quando chega a hora.
Um abraço a todos!

Nazarezinho, 20 de outubro de 2008