O medo me fere, ouço um grito oco
Na voz, um choro escondido
Na face, a timidez refletida ao côncavo
E o convexo alterado em meus pensamentos.

A angustia me esfria, ouço passos distantes
Na nuvem faço desenhos dissonantes
No espaço escrevo minha vitória recôndita
Meu break graund
Para vencer o que me falta transpor.

O desejo me engana, ouço espadas brindando
O eco me traduz palavras insanas
Na lógica, o absurdo outorgado
A subjetividade do amor.

Fui até a chapada de carro a trabalho, mas não resisti ao chegar defronte aquela imensidão rochosa e linda, não ouvia nada, apenas o silencio me soprou as palavras dessa poesia...

Chapada Diamantina, Ba

Fábio Avanzi
© Todos os direitos reservados