Por tudo o que não existe mais

Neste momento estupro os meus pensamentos
Violento os meus princípios
Maltrato as minhas virtudes
E zombo dos meus conhecimentos.
Tento expor os meus domínios
Mas nada eu consigo
Não consigo dominar as minhas ações
E finjo, finjo ser um ignorante.
Preso num futuro sem destino
Distinto rapaz indouto
Nada sabe e nada teme
Tudo vive...Nada esconde.
Por tudo o que nunca vi expresso minha fé inabalável
Pelo amor que me fizeste sentir
Expresso o meu desejo inconsumível.
Por tudo o que não existe e mesmo assim me faz chorar
Por tudo o que não consiste
Nesta melodia que me faz cantar.
Vejo o futuro se comportar como eu
Um menino mimado e sem graça
Um inútil ser que se comporta mau
E estar preso entre a pátria e as praças.
Por tudo o que se irá fazer
Por tudo o que me será feito
Por tudo o que me irá ferir
Por tudo o que me doerá no peito.
Pela dor
Pelo amor
Pelo ódio
Por tudo o que não existe mais.