Agora eu começo a enxergar mais nitidamente os traços que a morte nos marca.
Eu não estou preocupado com a chegada da morte
Mais receio muito intensamente a partida da vida.

São ás vezes tão sem volta, uma ida repentina
Ao acaso atribui-se o demérito que Deus chamou
E que já o estava esperando num encontro marcado a sós,
Ou estará eternamente vivo no coração dos vivos, ainda...

Eu tenho um desejo
Um desejo amargo para todos
Mas não quero desfrutar da essência da morte
E muito menos conhece-la a fundo antes de morrer
Pois ela já me trouxe um de seus salários, a saudade.

Por isso passarei a enxergar mais nitidamente ainda
As advindas da morte e da vida
Superando o medo e o receio de continuar vivendo...
Porém sem saber até quando...

Até quando ?

Em homenagem a Brunus Fabius, meu filho que não viveu mais de um mês.

Salavdor

Fábio Avanzi
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