Desconheço o epicentro da tempestade,
mas a turbulência trazida pela incerteza
do meu momento interior.
Não sei se os ventos que uivam no meu coração,
podem ser capazes de destruir a nós.
Ignoro as causas dessa melancolia,desses
pensamentos trágicos e desconexos, mas sei
que aqui e agora sou todo tristeza e desesperança.
Fui capaz de tudo, te dei o melhor de mim,
fiz de tudo por ti, foste tudo para mim.
Mas tens sido incapaz de entender minhas fraquezas,
tolerar os meus defeitos.
E eu? Talvez também não tenha sabido tolerar os teus.
E o equilíbrio que só amor nos traz,
onde está ele agora?
Será que temos nos exigido além da conta?
Que temos nos cobrado o que não poderíamos
dar?
Hoje, aqui e agora, ainda não posso dizer que para mim
não és mais nada, pois ainda a amo,
não sei se como antes, mas a amo.
Com um sentimento quiçá diverso daquele que tinha,
que o tempo, nossas coisas e a nossa rotina desgastou,
mas sei que a amo, com outros olhos, mais realistas,
menos fantasiosos,mas a amo.
Ainda me faz feliz pensar em nós dois,
me faz feliz, igualmente, tentar te abraçar e te beijar,
muito embora tenha em retribuição a tua já escassa
receptividade.
Não me importa isso, ainda não.
Até quando? Não sei.
Não sabemos.
Não existe amor doentio, existe apenas amor,
e uma vez doente, não será o amor.
Será esse o extremo do amor?
O excesso insano de mútuas expectativas?!
Será esse o extremo do amor?
O excesso insano de mútuas expectativas?!
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